Conheça alguns dados muito importantes sobre ansiedade e como podemos começar a ter maior calma e tranquilidade em nossas vidas. Apresentamos também a Semana de Redução da Ansiedade, oferecendo cuidado e ferramentas para aprender a lidar com esse sintoma.

Você sabia que o Brasil é recordista mundial em ansiedade?
Isso é o que aponta o relatório mais recente da Organização Mundial de Saúde, de 2017. Enquanto a prevalência global de transtorno de ansiedade é de 3,6%, no Brasil essa taxa sobe para 9,3% - quase o triplo, sendo maior entre mulheres do que homens em uma proporção de cerca de 2:1 na região das Américas. Um outro dado muito importante é o impacto que a ansiedade tem para a saúde: os transtornos de ansiedade são classificados como o sexto maior contribuinte para a perda de saúde não fatal em todo o mundo.
Claro, isso levanta algumas perguntas importantes como: por que no Brasil? O que está acontecendo com nossa população, não só brasileira como também mundial? Que escolhas temos feito em nossas vidas?
Eu não acho que saibamos as reposta para muitas dessas perguntas, mas o que mais me norteia nesse momento ao ver esses dados é: como podemos oferecer cuidado diante disso? Ainda mais agora nessa pandemia.
A ansiedade está relacionada com medo e preocupações especialmente com o futuro, acompanhada de uma série de reações fisiológicas como aceleração dos batimentos cardíacos, sudorese e tremores. Quando esses sintomas são vivenciados com uma certa frequência e intensidade, podem desencadear os transtornos ansiosos (como por exemplo transtorno de ansiedade generalizada, pânico, fobia social, etc.) e se tornar crônico.
E agora, com a pandemia, vivemos uma condição de muita insegurança, preocupações e medo. Seja com saúde, segurança, situação econômica, família... Cada vez mais pessoas tem me procurado devido ansiedade, com a sensação de que as diferentes áreas da vida estão “sob risco”, somado a todo desgaste gerado pela necessidade de reorganização das funções ocupacionais.
Além disso, pessoas ansiosas tendem a planejar os passos e as ações, prever cada possível problema que pode surgir em cada situação, com a sensação de que assim estarão seguras e sob controle da situação. E adivinha? Nesse momento, isso também está “suspenso”. Então, esse “lugar comum e familiar” que estamos acostumados a ir também não está disponível para nós, podendo intensificar nosso sofrimento com a ansiedade.
A parte boa é que ao mesmo tempo estamos começando a realmente olhar para nossa saúde mental como algo importante de ser cuidado e cultivado. E temos refletido sobre ações de fortalecimento emocional, manejo e acolhimento de sintomas psíquicos que provocam desconforto (como tristeza, raiva e euforia) e que podem levar a comportamentos reativos (brigas, uso de substâncias, alimentação compulsiva, etc.). Todas essas coisas sempre foram muito negligenciadas em nossa cultura, e dependendo do grau até mesmo estigmatizadas. Existem estudos que mostram que por causa desse estigma, pessoas com depressão chegavam a levar em média 10 anos para procurar ajuda. Ou seja, 10 anos sofrendo com os sintomas sem procurar recursos de cuidado.
E a parte melhor ainda: estamos avançando muito bem em recursos e inovações de atenção à saúde mental/emocional/psíquica (como queira chamar). Hoje em dia é possível encontrar muitas alternativas para que as pessoas possam ter uma vida mais plena, com maior senso de propósito, conexão e felicidade. Não só para quem realmente possui de fato um desses quadros e precisa de um tratamento mais especializado, mas também para pessoas que simplesmente querem aprofundar em seu autoconhecimento e manejar melhor as situações do dia a dia.
Avançamos tanto que hoje conseguimos até fazer estudos científicos que trazem dados sobre o impacto disso para a saúde física e desempenho ocupacional. Não mais como um “achismo”, não mais como algo secundário que “se der tempo eu olho para isso”. Mas como algo essencial para que todo o resto possa acontecer. Não é à toa que muitas empresas hoje procuram profissionais baseando-se em soft skills.
Pensando em tudo isso, desenvolvemos a Semana para Redução da Ansiedade! Uma série de encontros diários gratuitos com especialistas de diferentes áreas, promovendo conversas de qualidade, abertas e acolhedoras sobre ansiedade. É a nossa forma de oferecer ferramentas de cuidado, recursos para desenvolver novas formas de encontrar equilíbrio e calma. Desenvolver o potencial humano que já tem em cada um de nós, mas diante de tantas coisas acabamos não reconhecendo e não cultivando.
Queria contar também que, pessoalmente, essa Semana também tem um significado especial para mim. É o nascimento de uma sementinha que plantamos três anos atrás e hoje começou a brotar: o lançamento do Instituto Plenativamente de Promoção à Saúde. Um Instituto dedicado a oferecer cuidados para a saúde, especialmente relacionado ao fortalecimento emocional e saúde mental. Acreditamos no ser humano integral, único e com grande potencial para encontrar sua própria jornada em direção ao autoconhecimento, transformação e cura, para se desenvolver plenamente. Estaremos juntos, te acompanhando nessa jornada, quem sabe até apontando algumas direções e oferecendo algumas ferramentas. A Semana para Redução da Ansiedade é só o começo!
Esperamos que goste, e seja muito bem vindo nessa nova jornada!
Saiba mais e se inscreva: Semana da Redução da Ansiedade - de 18 a 24 de Julho de 2020.
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